10 de setembro de 2010

Ela imagina flores
Com cores que não existem em nenhum jardim
Tem amigos imaginários
Que pra toda pergunta respondem ‘sim'

Tem olhos que contam segredos
E medos que ninguém quer revelar
Um mar de rosas imperfeito
Que parte ao meio pra ela atravessar

Ela olha o céu encoberto
E acha graça em tudo que não pode ver
Imagens lentamente derretem
Prometem coisas que ela sabe que nunca vai ser

Ela é leve como o ar
Foi embora e não voltou
Como você e todo o mundo
Eu também finjo que eu sei
Quem eu sou

Ela começa a flutuar
As pessoas passam, olham e não vêem
A cor do céu começa a mudar
Eu não entendo como os outros não percebem também

As regras já não valem mais
Diga adeus à sua paz
Não é bom, não é ruim
Simplesmente é assim
(Capital Inicial - Eu sei quem eu sou)