17 de outubro de 2011

Ela o conhecia. Conhecia seu sorriso, seu jeito tímido e o seu olhar desconfiado. Ela conhecia o seu perfume e sabia como ninguém quando ele estava por perto. Sabia que ele roía as unhas e que, graças a Deus, nunca fez a sobrancelha. Ela conhecia o seu jeito espontâneo que contrastava perfeitamente com a timidez dela. Justamente ela que nunca ficou constrangida ao lado de ninguém se sentia apenas uma menininha ao lado dele. Irritante, angustiante, apaixonante. Dessa forma, ela o conhecia. Ele? Mal sabia o nome dela. Quem se importava? Estava perfeito, intacto, eterno. Deixem ela sonhar. Nem tudo precisa virar realidade para ocupar nossos corações.